quarta-feira, 9 de setembro de 2015

Incompreensíveis

Nessas noites longas
de solidão sem fim,
Ando pensando em tudo
e todos.

Ando entre meus pensamentos diversos
- um tanto complexos -
sem rumar lugar algum.
Viajo em devaneios e quimeras,
viajo entre olhares e lembranças.

Vejo teu rosto quase sempre,
sinto teu cheiro já frequente.
Sinto a calma que é tê-la comigo
mesmo sozinho.

Meu conforto se estabelece
e não sei o porquê.

Navego em águas calmas
(não digo sem graça)
e tenho receio.
Mar bravo acontece quando menos se espera
mesmo com toda a meteorologia dizendo que não vai acontecer.

Volto meu pensamento ao cotidiano
e em como você o transformou.
Nada é igual.
Isso eu sei o porquê.
É porque tudo com você era diferente.

Não sei se melhor ou pior.
É um diferente estranho
Que eu peno pra entender.
Quem sabe a ideia seja não entender,
porque as melhores coisa são assim:
incompreensíveis.

Victor da Silva Neris